Combate à violência sexual contra crianças e adolescentes é debatido na Câmara Municipal de Várzea Grande

Foi realizada, nesta quarta-feira (18.05), uma audiência pública na qual debateu o combate à violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes. O requerimento para a realização do evento foi feito pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, a vereadora Rosy Prado.

Combate à violência sexual contra crianças e adolescentes é debatido na Câmara Municipal de Várzea Grande

Foi realizada, nesta quarta-feira (18.05), uma audiência pública na qual debateu o combate à violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes. O requerimento para a realização do evento foi feito pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, a vereadora Rosy Prado.

Segundo a vereadora, é inadmissível que o município não tenha uma Delegacia 24h. "Não podemos continuar aceitando essa situação. Várzea Grande tem 300 mil habitantes e não tem uma Delegacia 24h, como também o Instituto Médico Legal (IML). Precisamos continuar lutando para que possamos mudar essa realidade. A Câmara tem muitas leis que são sancionadas, porém a Prefeitura precisa colocar em prática", destaca Rosy Prado.

A representante da Rede Protege, Terezina Fatima Paes de Arruda, relata que houve conquistas no município no combate à exploração sexual contra a criança e adolescente. "Ainda temos muito a construir. A violência sexual contra criança e adolescente está em todos lugares. Temos desafios, principalmente entender e discutir cada vez mais este tema", relata Paes.

A defensora pública Cleide Regina Ribeiro lembra que é dever de todos defender o bem-estar da criança. "Cada caso de violência é diferente, mas o sofrimento é o mesmo. Não tem como ficar inerte depois de um relato de uma criança abusada. Por isso, fiquei muito feliz quando ouvi que terá novamente um trabalho nas escolas. Para se ter uma ideia, há crianças várzea-grandense que são traficadas para fazer prostituição no interior do estado, mas muitas pessoas acham que não é mais menina. Precisamos mudar a nossa mentalidade para protegermos nossas crianças não passem mais por isso", disse a defensora.

A delegada da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso (DEDMCI-VG), Mariell Antonini Dias, lembra que a maioria dos crimes cometidos contra crianças acontece dentro de casa e por alguém próximo. "Temos que entender o que está acontecendo dentro de casa, normalmente, cometida por algum parente: pai, mãe, avô, entre outros. Muitas das vezes, a criança nem sabe que está sendo abusada. O agressor não começa cometendo o crime de forma agressiva, mas sim fala para criança como se fosse uma brincadeira com ela", relata a delegada.

Participaram da audiência pública: presidente da Câmara - Fábio José Tardin; vereador Paulo Silva; vereadora Eucaris Arruda; secretário de Defesa Social, coronel Alessandro; presidente da OAB-VG – Rodrigo Araújo; a coordenadora do Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Cetrap), Dulce Regina Amorim; presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igual Racial (CMPIR), Tacilia Soares da Costa; o investigador da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), Glaucio Galvão; desembargador da Vara da Infância, Aparecido Donizete; subsecretária de Assistência Social, Daniela Barone.