"Devemos debater soluções para a Saúde Pública Municipal e de Mato Grosso. Cada um fazendo a sua obrigação", diz prefeito Emanuel Pinheiro após visita ao HMC

"Devemos debater soluções para a Saúde Pública Municipal e de Mato Grosso. Cada um fazendo a sua obrigação", diz prefeito Emanuel Pinheiro após visita ao HMC

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, realizou na manhã desta sexta-feira (26) uma visita técnica às dependências do Hospital Municipal de Cuiabá - HMC - Dr. Leony de Palma e apresentou um panorama dos atendimentos na maior unidade de saúde, que é apontada como um verdadeiro Hospital Regional.

Um breve levantamento, considerando somente os dados de hoje, indica que a maioria dos pacientes internados é oriunda do interior do estado. Do total de 298 pacientes, 220 são de municípios vizinhos e apenas 78 são da capital. "O HMC é o maior hospital do estado, construído, equipado e mobiliado pela população cuiabana durante minha gestão. Cuiabá carrega a Saúde do Estado nas costas há muito tempo e agora está ainda mais sobrecarregada porque ampliamos os serviços para a população, incluindo o HMC, duas Unidades de Pronto Atendimento - UPA, entre outras coisas. Com isso, o Estado desestruturou a saúde no interior, fechou unidades, e a população do interior do Estado está vindo para cá. Até aí tudo bem, faz parte da vocação de Cuiabá ser mãe de todos os munícipes. Agora, cada um tem que fazer a sua parte. União, Estado e município", disse o gestor.

Entretanto, apesar dos inúmeros investimentos feitos desde o início da gestão, em 2017, pontuou o prefeito, tem que existir contrapartida. "Até agora, só Cuiabá está carregando esse piano. A União ajuda, Cuiabá banca tudo e o Estado pouca coisa ou quase nada. Isso não é justo, vocês estão vendo os números. Aí querem discutir a estadualização do HMC. Aqui é um hospital regional. Se fosse para atender apenas a minha população cuiabana, por exemplo, hoje 78 pacientes, o recurso que nós temos daria e sobraria. Aqui seria um serviço de saúde de primeiro mundo. Agora, o problema é que é o Estado inteiro. A população cuiabana está ficando sem leitos, sem espaço, e nós estamos tendo que pagar a conta para o interior sozinhos", afirmou Emanuel Pinheiro.

"Quero deixar registrado que estou aberto para o diálogo. Devemos debater soluções para a Saúde Pública Municipal e de Mato Grosso. Cada um fazendo a sua obrigação para oferecer um serviço de qualidade, com atendimento excelente e humanizado, sendo essa uma das principais premissas da minha gestão. Estou aberto para que possamos discutir sobre os rumos da Saúde Pública", finalizou.