PRF apreende ônibus de MT que voltava de Brasília após invasões na sede dos Três Poderes; outros três veículos estão detidos no DF

O ônibus, o motorista e lista com nomes dos passageiros foram encaminhados à Polícia Judiciária; o g1 entrou em contato com os responsáveis dos três veículos que estão em Brasília; bolsonaristas extremistas depredaram prédios da capital federal no domingo (8).

PRF apreende ônibus de MT que voltava de Brasília após invasões na sede dos Três Poderes; outros três veículos estão detidos no DF

A Polícia Rodoviária Federal comunicou nesta quarta-feira (11) que apreendeu um ônibus que voltava para Sorriso, a 420 km de Cuiabá, depois de levar passageiros a Brasília no domingo (8), quando um grupo de bolsonaristas extremistas participaram de atos terroristas na sede dos Três Poderes. Outros três veículos que saíram de Mato Grosso e também foram até o Distrito Federal permanecem detidos em Brasília.


O motorista do ônibus apreendido em Mato Grosso negou estar envolvido nos atos e, em um primeiro momento, conforme a PRF, disse que "viajava fazendo transporte de pessoas de Cuiabá a São Paulo". Mas, depois, confessou ter levados passageiros de Mato Grosso para Brasília.


Ele, o veículo e a lista com o nome dos passageiros foram apreendidos e encaminhados até a Polícia Judiciária para providências.


Ônibus apreendidos em Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a apreensão e bloqueio de 87 ônibus identificados pela Polícia Federal que levaram "terroristas para o Distrito Federal", em suas palavras. Entre as apreensões, estão três veículos que saíram de Mato Grosso.


AUM3J92 - Volvo Paradiso - Primavera Tur Transporte Eireli ME - Primavera do Leste (MT)

PBX0J19 - Volvo Paradiso DD - AM Transportes e Turismo Ltda - Cuiabá (MT)

LRR4456 - Volvo Paradiso DD - Rota Brasil Transporte e Fretamento Eireli - Cuiabá (MT


Ao g1, a Rota Brasil Transporte e Fretamento Eireli informou em nota enviada por sua defesa, que "repudia todo e qualquer ato de violência, de invasão e depredação de órgãos públicos ou privados e que jamais compactuou e/ou financiou quaisquer atos de agressão à Democracia de Direito e/ou de golpe de Estado. (Leia nota completa no final da reportagem).


A reportagem entrou em contato com as empresas Primavera Tur Transporte Eireli e AM Transportes e Turismo Ltda e aguarda retorno, como prometido pelos representantes que atenderam as ligações.


Intervenção na Segurança Pública do DF

Após os atos terroristas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente Lula (PT) determinou a intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.


Até então a pasta era comandada por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que foi exonerado ainda no domingo. A Advocacia-geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Torres.


Na madrugada de segunda-feira (9), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). O político admitiu falhas na segurança da sede dos Três Poderes, mas Ibaneis não se considerou o único culpado pela invasão e depredação cometidas pelos terroristas.


O Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um e-mail para receber denúncias e informações sobre os terroristas que praticaram os atos de vandalismo. As informações podem ser enviadas para [email protected].


Resumo dos ataques

Bolsonaristas terroristas no Congresso — Foto: Eraldo Peres/AP

Bolsonaristas terroristas no Congresso — Foto: Eraldo Peres/AP


Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. Veja fotos de quem participou da destruição.

O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.

Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.

Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído. Veja FOTOS e VÍDEOS da barbárie.

Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília.

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por, pelo menos, 90 dias. Quem assume o cargo é a vice, Celina Leão (PP).

Nota da empresa Rota Brasil Transporte e Fretamento Eireli

A Empresa Rota Brasil Viagens e Turismo atua no ramo de serviços de transporte rodoviário e de locação de ônibus van e micro ônibus para todo Brasil.


Ao longo de todos os anos de prestação dos serviços, a empresa sempre respeitou todos os seus clientes sem discriminação em razão das suas crenças políticas, ideológicas ou religiosas, pelo que prestou e presta seus serviços com isenção, objetividade, de qualidade e segurança no transporte de nossos passageiros.


Em relação ao ocorrido em Brasilia-DF, no dia 08/01/2023, a Rota Brasil informa que repudia todo e qualquer ato de violência, de invasão e depredação de órgãos públicos ou privados, e que jamais compactuou e/ou financiou quaisquer atos de agressão à Democracia de Direito e/ou de golpe de Estado.


Informa ainda que, em respeito ao sigilo do processo e das investigações contra terceiros, e dentro dos limites da Lei de proteção de Dados, a Rota Brasil já contribuiu com as investigações com a Polícia Federal e com a Justiça, fornecendo todos os dados judicialmente requisitados, não podendo tecer outras manifestações e esclarecimentos.

Ao g1, a Rota Brasil Transporte e Fretamento Eireli informou em nota enviada por sua defesa, que "repudia todo e qualquer ato de violência, de invasão e depredação de órgãos públicos ou privados e que jamais compactuou e/ou financiou quaisquer atos de agressão à Democracia de Direito e/ou de golpe de Estado. (Leia nota completa no final da reportagem).


A reportagem entrou em contato com as empresas Primavera Tur Transporte Eireli e AM Transportes e Turismo Ltda e aguarda retorno, como prometido pelos representantes que atenderam as ligações.


Intervenção na Segurança Pública do DF

Após os atos terroristas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente Lula (PT) determinou a intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.


Até então a pasta era comandada por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que foi exonerado ainda no domingo. A Advocacia-geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Torres.


Na madrugada de segunda-feira (9), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). O político admitiu falhas na segurança da sede dos Três Poderes, mas Ibaneis não se considerou o único culpado pela invasão e depredação cometidas pelos terroristas.