Sema é contra o projeto que libera a caça de animais em MT

A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) manifestou contrária ao projeto de lei do deputado estadual Gilberto Cattani (PL)

Sema é contra o projeto que libera a caça de animais em MT

A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) manifestou contrária ao projeto de lei do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que pretende liberar a caça de animais em Mato Grosso. O Projeto de Lei (PL) nº 16/2022 foi retirado da pauta durante a reunião da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos nesta terça-feira (16).


Em nota encaminhada ao gd, chefe da pasta, Mauren Lazzaretti, afirmou que o órgão ambiental não foi consultado para emitir nenhum parecer técnico sobre os impactos da lei.


"A Sema-MT é contrária à pratica da caça de animais silvestres. Inclusive, no âmbito da Associação Brasileira das Entidades de Meio Ambiente (Abema), existe uma comissão técnica que trabalha com a questão da fauna silvestre, e para todos os estados existe uma posição contrária a este tipo de iniciativa", disse.


Alvo de críticas de deputados, o projeto de lei em questão foi apresentado pelo deputado bolsonarista no início do ano. De acordo com a proposta, a caça poderá, caso liberada, tanto em áreas públicas quanto privadas. Contudo, será vedada a venda dos produtos decorrentes da ação.

Ainda segundo o texto, a liberação da caça poderá fomentar a relação do homem com a natureza, além de ajudar no controle de espécies que ameacem o ecossistema.

Atualmente o texto tramita na Comissão de Meio Ambiente e ainda precisa passar pelo plenário da ALMT para ter validade no Estado. Nesta terça-feira (16), membros do grupo já sinalizaram que vão dar parecer contrário à matéria, que já repercute negativamente em nível nacional. O PL acabou sendo retirado da pauta.

Um deles é o deputado Wilson Santos (PSD), que afirmou que Cattani quer transformar o Estado em um "mar de sangue". Além das figuras políticas, a proposta também foi rechaçada pela a ativista na defesa dos animais, Luisa Mell, que classificou a flexibilização da caça como uma grande "barbaridade".