Briga pelo poder na CBF trava o futuro da seleção brasileira
Ancelotti não vem mais. E Diniz não sabe se fica. Fifa e Conmebol vão intervir
Fifa e Conmebol não se conformam com a interferência da Justiça Comum, que invalidou a eleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF. Entidades estarão no Brasil. Clubes e seleção poderão ser afetados.
Afastado do cargo, Ednaldo teria procurado apoio na Conmebol e na Fifa para impedir uma nova eleição.
Por isso, representantes da Fifa e da Conmebol deverão chegar ao país no dia 8 de janeiro.
O resultado desse selvagem confronto se reflete na seleção brasileira.
O treinador italiano Carlo Ancelotti se sente livre do compromisso que tinha com Ednaldo Rodrigues.
Não quer mais largar o Real Madrid para assumir como técnico do Brasil, com tamanha confusão, luta pelo poder. Ninguém garante que, se Ednaldo vencer agora, não possam acontecer novas manobras contra ele até a Copa do Mundo de 2026.
Nem mesmo Fernando Diniz, o treinador interino, sabe se voltará a comandar o Brasil em 2024.
"Tudo precisa ser esclarecido" disse o técnico, na Arábia Saudita, após a derrota da final do Mundial de Clubes.
Ou seja, é necessário saber quem manda.
E se esse presidente, se não for Ednaldo, o quer mesmo como interino.
Itaú, Mastercard e Vivo escreveram uma carta conjunta assumindo a preocupação com a situação da CBF.
Usaram termos pesados: "Profunda insatisfação com o modelo de gestão administrativa e liderança adotada pela confederação".
Há a ameaça velada de que a Fifa, por causa da intervenção, possa impedir que clubes brasileiros, e até a seleção, disputem partidas internacionais.
A certeza, só no dia 8 de janeiro...